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sábado, 9 de outubro de 2010

Zeca Baleiro escreve poema sobre infância no interior a convite da Folhinha (Danuza Peixoto)







Ilustração para o poema de Zeca Baleiro



Um presente especial está embrulhado na Folhinha de 9 de outubro: poesia de gente que cresceu sem perder o sabor da infância. Adriana Calcanhotto (ou melhor, Partimpim!) traz os sons que a remetem a seu tempo de menina em Porto Alegre. A infância de Eva Green, musa do poeta Fabrício Corsaletti, é contada em versos. Os segredos da meninice de Alice Ruiz até hoje ecoam numa caixinha de Catupiry. Tem ainda Bartolomeu Campos de Queirós, Chacal e Tatiana Belinky nesse pacote poético.



Confira, abaixo, o poema "Canção do Interior", com a infância de pé no mato do músico Zeca Baleiro.



CANÇÃO DO INTERIOR



Por Zeca Baleiro



feito índio na canoa

bicho-de-pé carrapato

tamarindo fruta boa

picada aberta no mato

futebol no sol a pino

felicidade era fato

tosse gripe passa unguento

saci não usa sapato

vida de menino bento

bento monteiro lobato



minha arca de noé

eram bichos nos quintais

porco marreco cabrito

como já não se vê mais

jacaré fugiu do rio

corre que lá vem zás-trás

"tô fraco" grita a galinha

d'angola nhambus guarás

meu quintal faria inveja

a vinícius de moraes



ZECA BALEIRO, 44, cantor e compositor, nasceu em São Luís (MA), mas passou a infância em Arari (MA). Lembra-se com carinho das festas da cidade, com suas barracas, balões de gás e ciganos (de quem morria de medo!).

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