Rumo a uma Sociedade Cibernética (Blog N. 353 dentre os 599 Blogs do Painel do Coronel PaiM)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Juiz quer avaliação psicológica de menino trancado em casa em SP (Postado por Erick Oliveira)

O juiz Gabriel de Campos Sormani, titular da 3ª Vara da Infância e Juventude de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, quer que seja feita uma avaliação psicológica do garoto de 12 anos que ligou para a Polícia Militar por estar trancado em casa, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, no sábado (3), com outros dois irmãos. Os pais das crianças também deverão ser avaliados. Nesta segunda-feira (5), o juiz também determinou que as crianças façam exame de corpo de delito. A mãe, Helena Alves Ferreira, vai responder a processo por maus-tratos e abandono de incapaz.
Nesta segunda, Sormani encaminhou a um abrigo da cidade os três filhos de Helena. De acordo com o juiz, trata-se de uma medida para proteger as crianças enquanto algum familiar próximo dos menores, com idades de 5 meses, 2 anos e 12 anos, seja localizado.
O próximo passo dos técnicos da Vara da Infância é tentar achar parentes, ouvir vizinhos e fazer um estudo psicossocial da família até tomar uma decisão definitiva. “Tomamos essa medida para apurar melhor a denúncia, por prudência”, contou o juiz, no Fórum de Itapecerica da Serra. “Uma tarde é pouco para os psicólogos avaliarem a situação”, completou.
O filho mais velho, de 12 anos, ligou para a Polícia Militar dizendo que estava sozinho com a irmã de 5 meses e ela estava com fome. Também relatou aos policiais que sofria agressões. Em entrevista nesta segunda, a mãe das crianças, admitiu ter batido no garoto. Helena Alves Ferreira, entretanto, negou que tenha queimado o filho, como ele disse na ligação para a PM. O Conselho Tutelar diz que o menino, ao contrário do que afirmou aos policiais, não é vítima de maus-tratos.
Um conselheiro tutelar confirmou que as crianças não eram maltratadas e que um dos motivos que teria levado o garoto de 12 anos a ligar para a polícia é porque ele foi proibido pela mãe de jogar videogame em um bar.
A mãe dos menores afirmou que os filhos ficaram sozinhos por um mal entendido. “Foi um mal entendimento entre eu e o meu esposo porque saí para trabalhar.” Quando perguntada mais cedo por que o menino teria mentido, ela respondeu: “É criança. Porque ele estava com a nenê e eu deixei ele com os dois meninos”.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

'Bati nele, sim, para corrigir', diz mãe que deixou filhos trancados em casa (Postado por Erick Oliveira)

A mãe das três crianças que foram encontradas trancadas em casa em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, no sábado (3), admitiu nesta segunda-feira (5) ter batido no filho de 12 anos que ligou para a Polícia Militar pedindo ajuda para sua irmã de 5 meses, que, segundo ele, estava com fome. Helena Alves Ferreira, entretanto, negou que tenha queimado o garoto. O Conselho Tutelar diz que o menino, ao contrário do que disse na ligação para a PM, não é vítima de maus-tratos.
“Eu bati nele, sim, para corrigir, mas não queimei ele, não. Fiz coisa normal de uma mãe”, disse Helena ao sair da sede do Conselho Tutelar de Itapecerica, onde foi ouvida.
Um conselheiro tutelar confirmou que as crianças não eram maltratadas e que um dos motivos que teria levado o garoto de 12 anos a ligar para a polícia é porque ele foi proibido pela mãe de jogar videogame em um bar. A Polícia Militar chegou a informar que o garoto de 12 anos tinha sinais de agressão.
Segundo o conselheiro, os pais das crianças informaram que a mulher faz faculdade de pedagogia com bolsa de estudos e, por isso, precisa trabalhar aos fins de semana, das 11h às 15h no programa Escola da Família, em um colégio estadual. No sábado, ela pediu que o pai ficasse com os filhos. O homem, entretanto, não voltou a tempo. Foi quando o filho mais velho ligou para a PM.
Na versão do garoto, o pai das crianças tinha ido para o trabalho e a mãe saiu de casa para fazer ciúmes no marido. “Ela tá com birra do meu pai, aí ela me deixou preso, pro meu pai, tipo, ele foi trabalhar, ela tem ciúme do meu pai”, contou o menino, que revelou sofrer agressões. “Todo sábado, todo domingo. Ela também me bate, me deixa com lesões. Já queimou a minha mão, já queimou a minha barriga.”
Helena afirmou que os filhos ficaram sozinhos por um mal entendido. “Foi um mal entendimento entre eu e o meu esposo porque saí para trabalhar”. Quando perguntada por que o menino teria mentido para a PM, ela respondeu: “É criança. Porque ele estava com a nenê e eu deixei ele com os dois meninos”.
Segundo os conselheiros, o pai e as crianças disseram que a mulher é uma boa mãe e que não há indícios de negligência. O casal deve receber uma advertência por deixar as crianças sozinhas em casa, mas as crianças devem permanecer com os dois. Depois de ser ouvida no Conselho Tutelar, os pais das crianças foram até o 1º DP de Itapecerica da Serra para prestar depoimento. Os filhos deverão passar por exame de corpo de delito e o caso será encaminhado ao Ministério Público.