Rumo a uma Sociedade Cibernética (Blog N. 353 dentre os 599 Blogs do Painel do Coronel PaiM)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Serra, Aloysio e o “escândalo da Casa Civil” que a mídia esconde

http://www.papillon.blog.br/2010/09/25/serra-aloysio-e-o-escandalo-da-casa-civil-que-a-midia-esconde/?sms_ss=twitter&at_xt=4cb3ab42a4dd8b7a,0

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Países árabes pedem que EUA investiguem denúncias feitas por Wikileaks


Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque

O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.

sábado, 16 de outubro de 2010

Brasil fica entre os piores em ranking de salas de aula lotadas (Danuza Peixoto)

FÁBIO TAKAHASHI

TALITA BEDINELLI

DE SÃO PAULO



As turmas de ensino fundamental do Brasil têm, em média, seis alunos a mais do que as de nações desenvolvidas. A notícia positiva é que a situação do país melhorou.



Escola de SP barra aluno que não usa uniforme

9% das escolas distribuem preservativos



A conclusão está presente na edição 2010 de um estudo anual da OCDE, organização que reúne países desenvolvidos. A entidade analisou a situação educacional de 39 países, incluindo convidados como Brasil e Rússia.



Nas classes de 5º a 9º ano das escolas brasileiras há, em média, 30 alunos. Nos demais países analisados, 24.



Rússia e Eslovênia, por exemplo, estão na casa dos 20 estudantes por turma.



Classes mais numerosas prejudicam a qualidade de ensino, pois os professores têm mais dificuldade para saber as deficiências individuais dos alunos, dizem educadores ouvidos pela Folha.



A situação do Brasil é um pouco melhor nos anos iniciais do ensino fundamental (1º a 5º ano), onde há, em média, 25 alunos por sala. No grupo analisado, são 21. Os dados são de 2008 e consideram rede pública e privada.



O relatório destaca ainda que o tamanho das turmas no Brasil diminuiu em relação a 2000, quando no primeiro ciclo havia um estudante a mais por turma e, no ciclo final, quatro a mais.



FALTA DE ESTRUTURA



A presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Yvelise Arco-Verde, reconhece o excesso de alunos por sala.



"Uma grande quantidade de alunos diminui a possibilidade de um melhor trabalho do professor", afirma ela.



Para Yvelise, que também é secretária de Educação do Paraná, o problema é decorrência de "atraso educacional" histórico.



O presidente da Undime (União dos Dirigentes de Instituições Municipais), Carlos Eduardo Sanches, credita o problema à falta de investimentos. "Precisamos de investimento público em educação, sobretudo da União. Quando tivermos mais dinheiro, vamos enfrentar o problema", afirma.



O presidente da CNTE (confederação dos trabalhadores em educação), Roberto Leão, concorda. Para ele, "fica o recado no Dia do Professor [comemorado ontem] que é preciso aumentar o investimento, para construir mais classes e contratar mais educadores."



O Ministério da Educação diz que o comprometimento do governo federal com a educação básica saltou de cerca de R$ 500 milhões para aproximadamente R$ 10 bilhões ao ano.



CONSEQUÊNCIAS



Romualdo Portela de Oliveira, professor da Faculdade de Educação da USP, pondera que a média registrada pelo Brasil no estudo está "em um patamar razoável".



"Lógico que há casos absurdos. O país tem que trabalhar ainda com quem está fora da média, mas em princípio não parece complicado".



Segundo ele, salas com excesso de alunos dificultam as condições de trabalho do professor e, além de atrapalhar o processo de aprendizagem do estudante, aumentam o estresse dos docentes.



Reportagem publicada na semana passada na Folha apontou que, em SP, são dadas, em média, 92 licenças por dia para professores com problemas emocionais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Por que você escolheu a carreira de professor?(Danuza Peixoto)

A escolha da carreira docente está permeada de emoção. Seja por inspiração no trabalho de pessoas queridas, encantamento com professores da infância, sentimento de vocação desde pequenos ou mesmo para aqueles que chegaram por caminhos tortuosos, a permanência na profissão vem acompanhada de paixão. Mas, por que os professores escolheram essa profissão?



"Desde menina, eu sempre dizia que seria professora de crianças pequenas", conta Lisiane Hermann Oster, docente há nove anos no Sesquinho - Escola de Educação Infantil do SESC, em Ijuí-RS. "A opção veio do encantamento que tive quando era aluna, com professoras muito boas." Foi durante o curso de magistério que ela teve certeza da escolha. "Fiz muitos estágios e nessa prática concluí que era o que eu queria."



As informações são do UOL Educação.

sábado, 9 de outubro de 2010

Zeca Baleiro escreve poema sobre infância no interior a convite da Folhinha (Danuza Peixoto)







Ilustração para o poema de Zeca Baleiro



Um presente especial está embrulhado na Folhinha de 9 de outubro: poesia de gente que cresceu sem perder o sabor da infância. Adriana Calcanhotto (ou melhor, Partimpim!) traz os sons que a remetem a seu tempo de menina em Porto Alegre. A infância de Eva Green, musa do poeta Fabrício Corsaletti, é contada em versos. Os segredos da meninice de Alice Ruiz até hoje ecoam numa caixinha de Catupiry. Tem ainda Bartolomeu Campos de Queirós, Chacal e Tatiana Belinky nesse pacote poético.



Confira, abaixo, o poema "Canção do Interior", com a infância de pé no mato do músico Zeca Baleiro.



CANÇÃO DO INTERIOR



Por Zeca Baleiro



feito índio na canoa

bicho-de-pé carrapato

tamarindo fruta boa

picada aberta no mato

futebol no sol a pino

felicidade era fato

tosse gripe passa unguento

saci não usa sapato

vida de menino bento

bento monteiro lobato



minha arca de noé

eram bichos nos quintais

porco marreco cabrito

como já não se vê mais

jacaré fugiu do rio

corre que lá vem zás-trás

"tô fraco" grita a galinha

d'angola nhambus guarás

meu quintal faria inveja

a vinícius de moraes



ZECA BALEIRO, 44, cantor e compositor, nasceu em São Luís (MA), mas passou a infância em Arari (MA). Lembra-se com carinho das festas da cidade, com suas barracas, balões de gás e ciganos (de quem morria de medo!).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Escolas e colegas são hostis a alunos e alunas homossexuais, aponta pesquisa (Danuza Peixoto)

DA AGÊNCIA BRASIL



As escolas brasileiras são hostis aos homossexuais e o tema da sexualidade continua sendo pouco discutido nas salas de aula. Essas são as principais constatações da pesquisa Homofobia nas Escolas, realizada em 11 capitais brasileiras pela organização não governamental Reprolatina, com apoio do Ministério da Educação.



"A homofobia é negada pelo discurso de que não existe estudantes LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e travestis] na escola. Mas quando a gente ia conversar com os estudantes, a percepção, em relação aos colegas LGBT, era outra", contou uma das pesquisadoras, Magda Chinaglia.



Parte dos dados, com destaque sobre a situação na cidade do Rio, foi divulgada nesta segunda-feira. Os dados completos, com informações sobre a visita a 44 escolas de todas as regiões do país e trechos de 236 entrevistas feitas com professores, coordenadores de ensino, alunos do 6º ao 9º ano, além de funcionários da rede, devem ser divulgados até o final do ano.



De acordo com a pesquisa, os homossexuais são bastante reprimidos no ambiente escolar, onde qualquer comportamento diferenciado "interfere nas normas disciplinares da escola". "Ouvimos muito que as pessoas não se dão ao respeito. Então, os LGBT têm que se conter, não podem [se mostrar], é melhor não se mostrarem para serem respeitados", contou a pesquisadora.



No caso dos travestis, a situação é mais grave. Além da invisibilidade, fenômeno que faz com que os alunos e as alunas homossexuais não sejam reconhecidos, nenhuma escola autorizava o uso do nome social (feminino) e tampouco o uso do banheiro de mulheres. "Os travestis não estão nas escolas. A escola exige uniforme, não deixa os meninos usarem maquiagem. Os casos de evasão [escolar] são por causa dessas regras rígidas", explicou Magda.



De acordo com a vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Marjorie Marchi, que assistiu à divulgação dos dados, é principalmente a exclusão educacional que leva muitos travestis à prostituição. "Aquele quadro do travesti exposto ali na esquina é o resultado da falta da escola. Da exclusão", disse.



Em relação à educação sexual, os professores alegam que o tema não é muito discutido porque as famílias podem não aprovar a abordagem. "Existe um temor da reação desfavorável das famílias, Mas isso é o que eles [os professores] dizem", afirmou Magda. "Os estudantes não colocam a família como um problema. Aqui, cabe outra pesquisa para saber se as famílias interferem", completou.



A pesquisa não analisou especificamente os casos de violência, embora os especialistas tenham citado a ocorrência de brigas motivadas pela orientação sexual da vítima e colhido inúmeros relatos de episódios de homofobia. O objetivo é que o documento auxilie estados e municípios a desenvolver políticas públicas para essa população.



No Rio, as secretarias estaduais de Assistência Social e de Educação trabalham juntas num projeto de capacitação de professores multiplicadores em direitos humanos com foco no combate à homofobia. A meta é capacitar cerca de 8.000 dos 75 mil professores da rede até 2014.