Rumo a uma Sociedade Cibernética (Blog N. 353 dentre os 599 Blogs do Painel do Coronel PaiM)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Trote solidário poderá contar pontos em avaliação do MEC (Postado por Danuza Peixoto)


A partir de 2012, universidades que promoverem ações contra o trote violento vão receber pontos na avaliação do Ministério da Educação (MEC). A proposta do Ministério Público Federal abrange medidas preventivas e repressivas que coibam a prática de atitudes abusivas. Incentivar a integração dos novos alunos e promover atividades sociais também pode elevar a posição no ranking das instituições de ensino superior. Acatada pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), a medida deve passar a valer no início do próximo ano.
Como alternativa à tradicional recepção com tintas coloridas e cortes de cabelo, muitas universidades já estimulam o trote solidário. Em muitos casos, a programação é organizada pelos próprios alunos. Segundo o assessor da Juventude da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Moraes, o trote na instituição é organizado pelos veteranos e integra uma série de outras ações de boas-vindas, como palestras e oficinas. "Os trotes antigos sempre foram realizados por alunos, e a Unb entende que promover um trote solidário só tem sentido se partir do empenho deles", diz.
No início de 2011, uma polêmica envolveu a recepção dos calouros do curso de Agronomia da UnB. Na ocasião, 41 alunos levaram banho de tinta, ovos e farinha, andaram de mãos dadas na posição conhecida como elefantinho (fila indiana em que a pessoa tem de passar um de seus braços por entre as pernas e segurar a mão do colega da frente), cantaram o hino do curso e entraram em uma piscina feita com água, legumes e verduras. Além dessas brincadeiras, imagens divulgadas pela própria assessoria da instituição mostravam alunas lambendo linguiça, simulando sexo oral, o que chamou a atenção da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. O órgão considerou o caso uma discriminação contra a mulher e encaminhou uma representação cobrando explicações da UnB.
O caso rendeu a aplicação de uma medida pedagógica ao agressor, que foi convidado a ministrar seminários sobre o papel da mulher na sociedade. "Acreditamos que a perspectiva educadora, e não a punitiva, é mais eficaz", sublinha Moraes.
Segundo ele, o trote tradicional é condenado pela UnB, que estimulam o trote solidário para acabar com a guerra de tintas e o corte de cabelo no campus. "Mesmo que ainda exista em alguns cursos, esse tipo de comportamento é repreendido pela instituição e vem diminuindo por conta de medidas pedagógicas", diz. Em abril, durante o trote solidário promovido pelo Diretório Cetral dos Estudantes (DCE) da UnB, 300 alunos pintaram o muro e recuperaram a horta de uma escola na periferia de Brasília.
Em casos mais graves, a punição pode ir além da medida pedagógica: em 1998, a PUC-Sorocaca expulsou cinco jovens que atearam fogo ao corpo de Rodrigo Favoretto Peccini durante um trote em Sorocaba. O estudante teve 25% do corpo queimado. Em 2009, dois veteranos do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foram suspensos por terem participado e ajudado a organizar uma brincadeira em que calouros deitavam no asfalto enquanto outros andavam por cima deles.
Coibir esse tipo de comportamento e estimular a integração saudável entre "bixos" e veteranos é uma das propostas do trote solidário, promovido por diversas universidades públicas e privadas do País. Na Universidade Federal de Pernambuco, a ideia é aproximar os calouros do ambiente acadêmico. O Diretório Acadêmico do curso de Direito leva os novos alunos para um passeio pelo campus. "É o momento em que eles conhecem aqueles caminhos escondidinhos, as escadas que não ficam à vista... Isso quebra a distância entre faculdade e aluno", diz Camila Laurentino Lopes, estudante do 6º período. "É um momento de integração. Foi quando conheci a maioria dos meus amigos." Durante as ações de boas-vindas, também são realizadas campanhas de doações de livros, roupas e sangue.
Na Unicamp, para tranquilizar os calouros que temem as brincadeiras, alunos dão orientações e apresentam o trote solidário no dia da matrícula. Michelli Civachia, formada em Pedagogia, fazia parte da comissão que organizava as atividades. Hoje, auxilia o grupo que continua na universidade. "Dividimos os quatro dias de trote em atividades que apresentem ao calouro o ambiente que ele vai frequentar pelos próximos anos", explica. "Visitando instituições infantis, por exemplo, também mostramos uma realidade social que talvez ele não conheça".
Relembre casos de trotes violentos no País:
*O primeiro trote fatal no Brasil aconteceu em 1831, quando um estudante da Faculdade de Direito de Olinda foi esfaqueado depois de se recusar a participar do trote promovido pelos veteranos.
* Em 1980, o estudante Carlos Alberto de Souza morreu ao ser espancado por resistir ao ritual do corte de cabelo. O calouro da Universidade de Mogia das Cruzes estava no "trem dos estudantes", que ia da capital ao interior.
* Em 1999, o calouro do curso de Medicina Edison Tsung Chi Hsueh foi encontrado morto no fundo da piscina da associação atlética da USP na manhã seguinte ao churrasco de recepção aos novos alunos. O caso foi arquivado em 2006 por falta de provas.
* Em 2009, Bruno César Ferreira foi parar no hospital depois de entrar em coma alcoólico durante o trote da turma de veterinária da Universidade Anhanguera, em Leme, interior de São Paulo. Ferreira acabou desistindo do curso.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Estudo: criança que faz pré-escola aprende melhor matemática (Postado por Danuza Peixoto)


A criança que faz pré-escola aprende melhor matemática e português e tem menor atraso escolar. Esse é um dos resultados que constam do estudo Impactos da Pré-Escola no Brasil, conduzido por André Portela Souza, coordenador do Centro de Microeconomia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV).
No estudo, que teve como base dados da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicados em 2005, Portela faz a estimativa de que a criança que é colocada na pré-escola apresenta, em média, redução no atraso escolar de 1,2 ano e aumento na proficiência de matemática de 0,47 desvio padrão, o que corresponderia, segundo ele, a três anos a mais de escolaridade.
"É como se fosse quase cerca de um ano a mais de escolaridade no aprendizado: a criança que faz (a pré-escola) tem um ano a mais em termos de conteúdo quando chega à 4ª série", disse Portela, durante apresentação de seu trabalho nesta segunda-feira, em São Paulo.
Segundo ele, em 2005, havia cerca de 10 milhões de crianças de 4 a 6 anos de idade no Brasil. Dessas, 7,1 milhões frequentavam a pré-escola, o que corresponde a 72% do total. Nesse mesmo ano, o País destinava 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
No entanto, a maior parte dos gastos era destinada para a educação superior. De acordo com ele, em 2005, o País destinava 120% de sua renda per capita para cada aluno do ensino superior e apenas 10% de sua renda per capita para cada aluno de pré-escola. "Investimentos educacionais na infância têm impactos duradouros", diz o pesquisador.
Um resumo do estudo sobre o impacto da pré-escola no Brasil pode ser lido no livro Aprendizagem Infantil ¿ Uma Abordagem da Neurociência, Economia e Psicologia Cognitiva, coordenado por Aloísio Araújo e lançado pela Academia Brasileira de Ciências. Na apresentação da obra, Araújo postula que, "para corrigir as desigualdades educacionais e permitir um maior desenvolvimento econômico através da incorporação de um número maior de adolescentes em faixas mais elevadas de educação, é preciso fazer intervenções na fase mais precoce da criança".
Uma série de estudos internacionais e nacionais desenvolvidos na área da educação foram apresentados na manhã de hoje, na FGV, durante o workshop Impactos da Educação Infantil: O Que Nos Diz a Evidência Empírica. Em todos os estudos apresentados, a conclusão é pela importância de se investir na educação infantil.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Pensando no futuro, pais investem na educação bilíngue dos filhos (Postado por Danuza Peixoto)


Os pais Lilian da Silva e Tom Meireles optaram por matricular a filha Marina em uma escola com ensino bilíngue . Foto: Luciene Almeida/Colégio Magister /Divulgação Os pais Lilian da Silva e Tom Meireles optaram por matricular a filha Marina em uma escola com ensino bilíngue
Foto: Luciene Almeida/Colégio Magister /Divulgação

Mãe brasileira, pai norueguês e professores ingleses. Foi em meio a essa realidade que Cláudia Storvik criou a filha, hoje com 13 anos. "Sempre soube que ela iria crescer escutando três línguas diferentes: português, norueguês e inglês", conta a advogada moradora de Londres, na Inglaterra. Cláudia sempre lidou de forma natural com situação peculiar da família, mas comenta que muitos pais que vivem em condições semelhantes não encaram de forma tranquila. "Eles têm medo que a criança não fale, que comece a falar muito tarde ou que fique confusa com mais de uma língua", diz.
Porém, o que é motivo de receio para muitos pais no exterior têm se tornado uma opção atrativa para aqueles que permanecem no Brasil. O ensino bilíngue ou multilíngue - que é caracterizado quando uma criança é alfabetizada em duas ou mais línguas, respectivamente - não é mais realidade somente para crianças que vivem em outro país. "Com a globalização, a internet e o crescimento da necessidade do uso do inglês no trabalho e na comunicação, os responsáveis têm demandado melhores resultados linguísticos de seus filhos", afirma Vanessa Tenório, sócia do Systemic Bilingual de Ensino, empresa especializada em implementar educação bilíngue em escolas.
Vanessa enxergou o potencial do ensino bilíngue no país em 1998, quando fundou a empresa com a irmã Fátima. Utilizando um método que aplica o inglês de cinco a dez horas semanais para trabalhar matérias escolares como matemática, ciências, história, geografia, artes e outras, a mestre em Educação começou a implementar o modelo em escolas particulares de São Paulo. Em 2010, o programa foi inserido em quatro escolas privadas, duas em São Paulo, uma no Rio Grande do Norte e a última em Minas Gerais. Neste ano, o número aumentou para 40 colégios privados em 12 Estados no Brasil.
Por não possuir legislação específica e nem dados oficiais, o número de escolas bilíngues no Brasil ainda é incerto. Contudo, Lyle Gordon French, ex-diretor pedagógico da Escola Cidade Jardim/PlayPen (SP) fez um mapeamento dessas instituições de ensino durante os anos de 2007 e 2009, e concluiu que o número de escolas bilíngues cresceu 24% em apenas dois anos. De acordo com a apuração, eram 149 colégios no ano de 2007 e 180 em 2009.
"A questão é que a velha fórmula do inglês oferecido no colégio, que é somente o estudo da estrutura da língua, nunca levou a resultados palpáveis em termos do uso efetivo da língua para a comunicação fluente", explica Vanessa. Para ela, o que os pais buscam é uma fluência dos pequenos, principalmente na língua inglesa. "O ensino bilíngue consegue isso, uma vez que trata a língua estrangeira como um meio de comunicação efetiva dentro de um contexto, seja em uma aula de culinária, matemática ou história".
A paulista Lilian da Silva Santos colocou a filha Marina em uma escola bilíngue já no primeiro ano de idade. Hoje, com 7 anos, a menina já consegue se comunicar de forma fluente em inglês e em português. "Eu e meu marido sofremos para aprender um pouco de inglês nos velhos cursinhos de idiomas. Gostaríamos que nossa filha aprendesse de maneira mais tranquila a língua, pois o inglês é essencial na vida acadêmica e profissional", conta a terapeuta ocupacional.
Aprender outro idioma antes dos 6 anos facilita fluência
No pátio do Colégio Friburgo, em São Paulo, uma turma da segunda série é separada em grupos de quatro. Em seguida, a professora entrega uma cartolina para cada grupo com caixas de tinta e canetinhas coloridas. Os alunos são instruídos a pintar os círculos desenhados conforme a cor descrita. A atividade seria algo ordinário não fosse o idioma falado fluentemente pela professora e os pequenos alunos: o inglês.
O exemplo da aula bilíngue da escola Friburgo comprova um fato explicado por Ricardo Schütz, pesquisador do ensino de inglês e criador do site English Made in Brazil: as crianças se adaptam ao idioma para conseguir se comunicar. Criando a filha em Londres e falando com ela em português em casa, Cláudia Storvik confirma a tese. "Desde o nascimento de nossa filha, eu falava português com ela, e meu marido, que é norueguês, falava a sua língua materna. Usávamos o famoso sistema ¿one parent, one language¿ (um pai, uma língua)", conta explicando que somente tomavam o cuidado de sempre falar com a filha no mesmo idioma: a mãe em português e o pai em norueguês. "Assim ela sabia que, para se comunicar comigo, precisava falar em português, com o pai, em norueguês, e na escola, em inglês", conta.
Cláudia afirma que a filha começou a falar com 10 meses de vida. "No começo, ela misturava as palavras, mas isso é normal e não é sinal de confusão. No início, a criança pode usar palavras das várias línguas indiscriminadamente, como minha filha fazia, porque seu principal objetivo é se comunicar. Mas uma vez que seu vocabulário cresce, o uso de cada língua passa a ser sistemático", explica.
No site English Made in Brazil, que publica artigos e estudos científicos sobre o aprendizado de idiomas, Schütz descreve que o estudo antes dos 6 anos de idade é o que torna a criança fluente em um idioma. Ele afirma que os dois hemisférios cerebrais desempenham diferentes funções - o lado esquerdo é lógico e analítico, enquanto o direito é criativo e especializado em percepção e construção de conhecimento. O hemisfério direito seria, por assim dizer, a porta de entrada das experiências e a área de processamento para transformá-las em conhecimento.
O pesquisador explica que, no cérebro de uma criança, os dois hemisférios estão mais interligados do que no cérebro de um adulto, o que significa que este é o melhor período da vida para se aprender qualquer coisa, incluindo idiomas. Com isso, a assimilação da língua ocorreria via hemisfério direito para ser sedimentada no hemisfério esquerdo como habilidade permanente, a tão desejada fluência. Ainda de acordo com ele, a maior separação dos dois hemisférios ocorre a partir da puberdade, por volta dos 12 anos de idade, ou seja, depois disso, se torna cada vez mais difícil tornar-se fluente em outras línguas. O auge da comunicação entre as duas partes do cérebro ocorre do primeiro ao sexto ano de vida, daí a facilidade das crianças em aprender novos idiomas.
Escolas bilíngues são mais caras
Porém, os pais que querem propiciar uma alfabetização para os filhos em dois idiomas precisam se preparar para os custos elevados. Segundo Vanessa Tenório, esses colégios geralmente são mais caros porque a carga horária é superior e porque demandam a contratação de profissionais mais especializados.
Segundo a especialista, essas escolas costumam ter mais horas de aula por dia, mas na educação infantil é comum lecionar uma aula do currículo padrão no segundo idioma, sem acrescentar mais tempo no colégio. "O conceito é usar a língua como meio de comunicação, e não como fim", diz ela, explicando que o ensino bilíngue não compreende aulas sobre o idioma estrangeiro, mas assuntos diversos lecionados em um outro idioma além do português. "Só assim em nível subconsciente que o aluno vai poder se tornar fluente um dia", finaliza.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cão salva família de vazamento de gás em casa nos EUA (Postado por Danuza Peixoto)

Um cão boxer salvou uma família em Canton, no Estado americano da Georgia, ao alertar os moradores sobre um vazamento de gás.
A família Hyde pretendia acender sua lareira a gás, mas antes que isso fosse feito, Ollie, um boxer de seis meses de idade, entrou em ação. Ele agiu como se algo estivesse errado e tentou tirar a família daquele lugar.
Depois, foi constatado que havia um vazamento de gás na lareira. Por causa do cão, a família foi capaz de cortar a distribuição de gás a tempo.
"Ele simplesmente cuidou para que nós deixássemos aquele lugar. Ele não ficou contente apenas em escapar. Ele insistiu até que nós saíssemos dali. Nós os amávamos antes e obviamente ainda amamos, mas graças a Deus temos um cão tão esperto", disse Sheree Hyde, a dono do cão, ao "whec.com"

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

RJ: alunos de Duque de Caxias conhecem laboratórios do Inmetro (Postado por Danuza Peixoto)

Cerca de 2 mil alunos das redes particular, estadual e municipal de ensino de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, conheceram nesta quarta-feira os laboratórios do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), em Xerém. A visita tem o objetivo de colocar os estudantes em contato com as tecnologias usadas para testar a qualidade dos produtos.
O presidente do Inmetro, João Jornada, disse que esse tipo de atividade é importante porque estimula nos jovens o interesse pelas pesquisas tecnológicas. Este é o segundo ano consecutivo do programa "Inmetro de Portas Abertas", que, segundo ele, deverá levado para a outras unidades. "O Inmetro tem atividades delegadas em todo o Brasil, por meio dos Ipems (Institutos Estaduais de Pesos e Medidas). Então, essa experiência aqui pode ser ampliada para todas as unidades", completou.
A programação teve como destaque as atrações do planetário itinerante disponibilizado pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), que simula uma noite estrelada projetada. Nele, os estudantes conheceram mais sobre os movimentos celestes, os planetas do sistema solar, além da mitologia grega e as constelações.